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Conheça a capixaba confirmada na 2ª temporada de Drag Race Brasil

De Vila Velha, Paola Hoffmann Van Cartier compete em busca do título de Drag Superstar Brasileira e do prêmio de R$ 150 mil

Beatriz Heleodoro

Produção CBN Vitória / [email protected]

Publicado em 9 de junho de 2025 às 18:25

"A Paola trouxe aquele mundo mágico que o Plínio quando era a criança sempre sonhava em ter", compartilhou Paola Hoffmann Van Cartier Crédito: Jonas Dias

Uma capixaba está confirmada entre as dez participantes da 2ª temporada de Drag Race Brasil, um reality show que elege a melhor drag queen brasileira. São, ao todo, dez candidatas, sendo apenas uma do Espírito Santo. Natural de Vila Velha, Paola Hoffmann Van Cartier terá que mostrar para o público todo seu carisma, singularidade, coragem e talento - critérios para se tornar vencedora. 

"Representar o Espírito Santo para mim é um orgulho, é um prazer. É tudo de bom, tudo de melhor que poderia acontecer. Eu sou uma pessoa muito regionalista, então, poder representar a minha cultura, o meu estado, a moqueca capixaba, tudo aquilo que representa a cultura do Espírito Santo... para mim, é muito importante. Eu espero poder ter representado tão bem, não só para as drags, mas também para todo o povo capixaba", compartilhou Paola Hoffmann ao HZ.

O programa estreia na plataforma Wow Presents Plus no dia 10 de julho. Serão dez episódios, lançados semanalmente, sempre às quintas-feiras, às 21h. Na grande final, marcada para o dia 11 de setembro, além do título de Drag Superstar Brasileira, a melhor leva para casa uma coroa e um prêmio no valor de R$ 150 mil.

Durante a competição, Paola e outras nove competidoras precisarão enfrentar provas que exigem diferentes habilidades, como comédia, canto, atuação e costura. A cada semana, as melhores seguem na corrida e as com pior desempenho disputam a permanência no programa através de uma batalha de LipSync - uma dublagem de uma música. Quem não se destacar, ouve "Sashay, pode ir" e deixa o palco.

Original dos Estados Unidos, o reality show é apresentado pela drag RuPaul e já conta com 15 temporadas. No Brasil, a apresentação fica por conta de Grag Queen. Os jurados Dudu Bertholini e Bruna Braga também compõem a bancada dessa segunda edição.

CONHEÇA PAOLA HOFFMANN VAN CARTIER

Paola Hoffmann Van Cartier tem 36 anos e é natural de Vila Velha. Filha de Vanessa Van Cartier, drag queen belga e vencedora da segunda temporada do Drag Race Holland, começou a se apaixonar pela arte drag no início de 2006, no bar Chica Chiclete, também no município canela-verde. 

Foi só após conhecer Ianka Ashylen, ganhadora do Miss Espírito Santo 2007, que realmente sentiu vontade de se montar. "Ali eu tive a minha primeira inspiração e foi a primeira vez que eu disse: 'É isso que eu quero fazer. Foi para isso que eu nasci e é isso que eu quero da minha vida'", relatou.

Quando começou, Paola tinha artistas em quem se inspirar, como a própria Chica Chiclete, Bianca Castelli, Tarcila Open, Angel, Evelyn Vogue e Draklas. Hoje, avalia que a cena no Espírito Santo ou por um período de baixa visibilidade, mas que vem se recuperando.

Para ela, o programa representa uma transformação pessoal, e também uma oportunidade de reacender a chama da arte drag no Estado. "Chegou para transformar a minha vida da água para o vinho", afirmou.

Com muito brilho, pedrarias, elegância e strass, Paola busca transmitir seu estilo miss. Mas isso não vai limitá-la. Na mala, a queen promete levar seus quase 20 anos de trajetória na arte drag. Além das técnicas, também quer mostrar seu lado mais leve.

"Espero que as pessoas conheçam o lado da Paola que poucas pessoas conhecem, que é a Paola brincalhona, a que joga um 'shade', que sabe rir, se divertir de por qualquer coisa. Eu sei que a minha drag é uma drag sempre muito posturada, muito elegante, mas eu também brinco, eu rio, eu adoro 'xoxar'", contou.

Abaixo, conheça mais um pouco da drag queen que representa o Espírito Santo na competição:

Como você definiria a Paola?

  • Como a extrema elegância e exuberância da arte drag: a postura, a maneira de agir, tudo é muito elegante.

Quais artistas a influenciam?

  • No momento, a minha mãe de drag, a Vanessa Van Cartier, que é maravilhosa. E minha família drag. Minha irmã drag, Envy Peru. Minha co-fundadora da House of Hoffmann, que é a minha maior apoiadora, Eliza Hoffmann. E também alguns artistas que fazem parte da minha vida, do meu ciclo, como Kylzia Style, Samantha Fire, Mathilda e Brisa, que são as pessoas que estão ali próximas a mim.

Quem você era antes e depois de descobrir a Paola?

  • Plínio antes da Paola era uma pessoa bem tímida, bem reservada e mais tranquila. A Paola abriu as portas que trouxeram todo um mundo novo, um mundo mágico, um mundo onde eu posso ser quem eu quero ser, eu posso fazer o que eu quero fazer, sem julgamentos. A Paola trouxe aquele mundo mágico que o Plínio quando era a criança sempre sonhava em ter.

Qual seria sua batalha LipSync dos sonhos?

  • Seria contra Victoria Shakespeare, minha amicíssima, pop star, meu amor! A gente dublando "Toxic" da Britney [Spears], para facilitar para ela. Eu não vou deixar fácil para ela, mas para facilitar, como ela é muito fã da Britney, seria isso.

Charisma, Uniqueness, Nerve & Talent… qual o ponto forte da Paola?

  • 'Charisma'? Eu sou carismática. 'Uniqueness?' Eu sou única. 'Nerve'? Eu sou o nervo em pessoa. E 'talent', meu amor? Uma das queens mais talentosas do Brasil falando com você agora. Então, assim, não tem o ponto forte da Paola. Eu acho que os quatro são o ponto forte da Paola. A Paola é o 'cunt' perfeito que existe.

Na vida, ao que você diz “Shantay, you stay”?

  • Com certeza, ao amor e o carinho das pessoas. Isso é o mais importante para mim. E também à fidelidade. Eu acho que é muito importante quando as pessoas demonstram que te amam, que gostam de você e que também são fiéis e estão do seu lado independente de qualquer coisa.

E o que merece como resposta “Sashay, away”?

  • Com toda a certeza absoluta, o preconceito, a discriminação, o apontar o dedo às pessoas só por elas amarem e serem quem elas são. Isso, para mim, é o maior 'sashay, away' do mundo, porque se você prega o amor, você não pode apontar o dedo para o próximo e dizer que ele é inferior a você pela sua crença ou pelo você acredita.

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